Sónia Sanfona, presidente da Câmara Municipal de Alpiarça
Exmª Senhora Presidente da Assembleia Municipal,
Exmº Sr. Presidente da Junta de Freguesia,
Exmº Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia,
Exmºs Eleitos Municipais,
Exmº Sr. Comandante dos Bombeiros Municipais,
Emº Sr. Comandante do posto da GNR,
Exmºas Entidades convidadas, de entre as quais permitam-me destacar os projetistas – Eng.º Ricardo Vaz e Arqº Pedro Oliveira, e os digníssimos representantes da empresa ECODEMO, e-redes, Aguas do Ribatejo e Teletejo;
Alpiarcenses,
Terminadas as obras relativas à 2ª Fase de Reabilitação e Adaptação do Mercado Municipal, não podíamos deixar de assinalar este momento. É, portanto, um dia feliz, em que devolvemos à fruição dos Alpiarcenses e de quem nos visita, um Mercado Municipal totalmente reabilitado e um espaço público renovado e aprazível.
Esta obra, onde investimos globalmente mais de meio milhão de euros, contou com um apoio financeiro da União Europeia de 490 mil euros e com um apoio público nacional que ultrapassou os 80 mil euros, insere-se num conjunto de obras de reabilitação e regeneração urbana, inscritas no Plano de Ação para a Regeneração Urbana de Alpiarça.
A intervenção nesta 2ª fase consubstanciou a reabilitação e adaptação da Galeria Comercial situada no segundo piso do Mercado Municipal e pelo melhoramento e arranjo paisagístico da sua área envolvente, através da melhoria da mobilidade (pedonal e rodoviária), das condições de estacionamento e da criação de uma área ajardinada.
Não obstante as pequenas e pontuais alterações que vieram a fazer-se, no geral, a obra cumpre a visão dos seus projetistas e, mais importante ainda, cumpre o propósito de contribuir decisivamente para a regeneração urbana numa área central da vila, recuperando um edifício histórico e o Largo Dr. José António Simões.
Os objetivos traçados pelo Programa Estratégico preconizam a implementação de estratégias que permitam a reabilitação e requalificação do nosso concelho, numa referência de qualidade pelo seu ambiente, decorrente da valorização sustentada do seu caráter urbano e arquitetónico singular. A valorização do património urbanístico e arquitetónico existente inserem-se num objetivo mais vasto, que comporta um duplo sentido: Por um lado, a preservação do património histórico e cultural do concelho – que constitui uma das nossas maiores riquezas endógenas - promovendo a valorização do espaço público. Este assume-se hoje como um polo atrativo ligado ao recreio, lazer e consumo, fruto das alterações comportamentais das famílias e da comunidade, em face de um ritmo de vida mais dinâmico e plurifacetado. Por outro lado, constitui uma importante alavanca e incentivo ao investimento privado na recuperação e reabilitação de edificado, objetivo que, conjuntamente com a implementação de outras medidas, como sejam a desburocratização administrativa e medidas de incentivo fiscal, se pretende também alcançar.
Foi assim, com base nas premissas de adaptação às novas necessidades, de atualidade e modernização que este espaço nasceu, constituindo-se como um espaço público para as pessoas – dadas as características de acessibilidade, mobilidade, fluidez e transparência, derrubando barreiras arquitetónicas e visuais, oferecendo um ambiente agradável, com vegetação e mobiliário urbano adequado ao espaço e às necessidades de todos, que assegura, simultaneamente um elevado nível de segurança.
A reabilitação da galeria do piso 1 do Mercado Municipal, inserida nesta operação de intervenção urbanística reveste-se igualmente, de enorme importância;
Por um lado, porque é o culminar da recuperação integral do edifício do Mercado, que lhe permite, agora, afirmar-se como um novo polo atrativo para o comércio e serviços locais, oferecendo condições de segurança, conforto e adequação ao desenvolvimento de atividades novas, mas também as tradicionais, quer foram resistindo às mudanças sociais que nos impulsionam para as grandes superfícies comerciais, mas que nós queremos e devemos continuar a valorizar. A sua centralidade e a adaptabilidade do próprio edifício, conferem-lhe condições privilegiadas para o exercício de atividades económicas diversas, contribuindo para a sua dinamização.
A implementação do Plano de Revitalização do Mercado Municipal, que estamos a preparar, fechará o ciclo de intervenção global, permitindo devolver esta importante infraestrutura aos Alpiarcenses, preparada para os desafios da atualidade e do futuro.
Não posso deixar de referir um importante aspeto desta obra que hoje disponibilizamos à população e aos visitantes do nosso concelho - a sua localização física, que não pode ser desligada da sua história. A antiga Praça de Jornas, mais conhecida por Praça Velha, assim chamada por ser o local do antigo mercado, onde o senhor discutia o salário ou “jorna” dos trabalhadores rurais e onde se fazia a “molhadura” para selar o contrato de trabalho, realizava-se exatamente neste espaço.
Este facto histórico e a vontade de preservação do nosso património histórico e cultural, material e imaterial, terão, futuramente, uma tradução física neste espaço.
Efetivamente, esta inauguração não tem a solenidade que julgamos merecer a disponibilização desta obra à população. Mas ela ocorrerá.
O município irá desencadear, no início do próximo ano, um processo de consulta à população, no sentido de se pronunciarem sobre o nome a atribuir a esta Praça. Considero que a importância deste espaço, a sua centralidade e, sobretudo a sua ligação à história do concelho e das nossas gentes, justifica que a identifiquemos pelo nome, que conste da toponímica municipal, para o que pretendemos envolver a população nesta escolha, num processo de reforço da participação cívica dos alpiarcenses.
Acresce que, em face da comemoração dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, que ocorrerá em 2024, estamos a diligenciar no sentido de associar, desde já, o município de Alpiarça às comemorações nacionais desta data referencial na nossa história como momento fundador da nossa democracia, Teremos, naturalmente, um ciclo de comemorações local, que se iniciará com a constituição de uma Comissão para as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e que se pretende que culmine na inauguração de uma obra escultórica, a colocar neste mesmo local, em homenagem aos resistentes anti-fascistas de Alpiarça.
Não pretendendo menorizar este momento, que reputo de grande importância para Alpiarça, voltaremos a este espaço e a esta obra num momento de importância histórica maior, para perpetuar nas gerações vindouras, a memória do nosso passado, homenageando alguns dos seus protagonístas.
Entretanto, convido todos a fruir este espaço, a dar-lhe vida e movimento e, simultaneamente a preservá-lo.
Aproveito este momento para desejar a todos um feliz Natal e um ano novo cheio de saúde, de esperança e realizações para todos, certa de que todos juntos conseguiremos ultrapassar este momento tão difícil que esta pandemia nos impôs.
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