Por: RODOLFO COLHE Presidente da Juventude Socialista de Alpiarça
O mundo da política nacional é
bastante volátil nos tempos que correm, uma mudança de dirigentes pode
significar uma mudança significativa da abordagem em relação a muitos temas e
principalmente na convivência democrática com os outros partidos.
Para alguém que é puramente do
Partido Socialista e de esquerda e que claramente não acredita num Bloco
Central, nem acredita que algum partido o queira na verdade. Fiquei muito feliz
e saúdo o acordo feito entre PS e PSD, os dois partidos mais votados em Portugal
e os dois que à partida têm condições para tomar iniciativa de formar governo.
Este acordo não é de governo nem de futuro governo muito menos é um colocar de
parte das outras forças, é sim o assumir que há muitíssimos pontos que devem
ser discutidos em conjunto por diversas razões, nomeadamente, porque dizem e
muito respeito às Câmaras Municipais onde mais uma vez PS e PSD são os dois
partidos com maior representação. Muitas áreas do nosso país devem ser
debatidas em conjunto cabendo sempre a quem está no poder tomar a dianteira das
negociações e depois à execução daquilo que é acordado. Pessoalmente, parece-me
que a discussão de áreas de base como a saúde e a educação devem reunir alguns
consensos ao nível das obras a executar, dos conteúdos programáticos e do
pessoal têm sempre de ter essas tais premissas em comum que sirvam depois de
base ao governo que estiver em funções. É impensável que a preparação do
próximo programa de fundos comunitários não seja discutido em conjunto apesar
de quem está no poder ter de assumir sempre dianteira e terá sempre a palavra
final.
Algum partido político português
duvida que é necessária uma intervenção forte sobre a nossa ferrovia? Certamente
que não, mas, no entanto o grau de relevância do problema e a forma de resolução
do mesmo seria diferente de partido para partido, daí ser de todo importante
que determinados assuntos sejam tratados em conjunto.
Muitas vezes o populismo e caça
ao voto (que afeta todos os partidos) não permitem que este tipo de discussões
seja tida, basta ver a posição que muitos líderes de opinião e até do recém-candidato
à presidência do PSD têm sobre este tema. Eu não sou de todo um entendido, mas
é óbvio que o paradigma político a nível mundial já mudou há bastante tempo
apesar de em Portugal se achar que as coisas se devem manter como sempre foram,
e aí devemos dar créditos a liderança de António Costa, pois conseguiu fazer
pontes com a esquerda e agora pontes com direita.
Vendo este desenrolar de
acontecimentos no panorama nacional fico com a ideia de que a nível local são
os dirigentes, subentenda-se de todos os partidos, os principais responsáveis
pelas dificuldades de entendimento na construção de projetos de futuro nos seus
concelhos. Afinal que sentido faria uma aposta deliberada numa determinada área
para depois após uma mudança na cor política essa aposta ser classificada como
menos importante, ou mesmo ser colocada na gaveta? Não seria interessante
existir em Alpiarça esse tipo de consensos? Esse tipo de programa a longo
prazo? Existirá um dia da parte de todos os dirigentes abertura para que isso
seja feito? Não sou bom em futurologia, mas vou confiar desconfiando que possa
vir a acontecer.
Umas palavras para o PS e para
45º aniversário de luta por Portugal e pelos Portugueses. É um orgulho
pertencer a um partido que se pode orgulhar do seu passado, do seu presente e
que constrói um futuro. Nem tudo foi bem feito ao longo destes anos, mas tudo
foi feito para o bem de Portugal.
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