Por: Rodolfo Colhe Presidente da Juventude Socialista de Alpiarça |
Vitórias que sabem a pouco e derrotas que sabem a muito
Esta semana ficou marcada por
dois nomes, Theresa May e Jeremy Corbyn e pelas suas vitórias que sabem a
derrotas e derrotas que sabem a vitórias. No caso da primeira, a sua vitória
tratou-se de uma derrota na realidade, uma vez que vem demonstrar que a sua
postura e governação já não reúnem um consenso suficiente para atingir uma
maioria. No caso de Jeremy Corbyn, a sua derrota tratou-se de uma vitória
porque impediu a maioria de May. Aquilo que nos chegou sobre estas eleições
foi, principalmente, o combate ao terrorismo e o Brexit mas apesar disso foi
outra proposta que me chamou a atenção, e veio de Corbyn com a sua proposta de
propina zero. Em Portugal quando falamos disto não passamos de uns idealistas,
mas parece que não somos apenas nós que temos esse objetivo. Outra das notas
importantes que temos de tirar destas eleições prende-se com o facto de que os
partidos socialistas, sociais democratas e trabalhistas que a dada altura
renegaram um pouco a sua matriz fundadora e que agora voltam novamente a ela,
conseguem melhorar os seus resultados enquanto que os que apostam em estar
sempre ao centro ou que deslizam para o quadrante que não é o seu, tendem a
afundar-se e temos já vários exemplos disso por este mundo fora.
Pré-campanha já passou, agora é a doer
Agora estamos mesmo em campanha,
o atual presidente já é candidato, o PSD entrou em campanha mais cedo e o PS
apresentou os seus candidatos. As escolhas estão feitas e através das listas
percebe-se um pouco daquilo que são as ideias. O que muda, o que não muda, o
que cheira a velho e o que cheira a novo, muita coisa está já à nossa vista.
Quanto a propostas, elas também vão aparecendo com poucas novidades por agora, quem conseguir ser mais credível nas suas propostas e ao
mesmo tempo ter propostas que as pessoas sabem que precisam (o passo seguinte é
mostrar que precisam de mais do que aquilo que pensam que precisam) e que
acreditem que serão executadas pois só a resolução dos problemas primários da
Vila pode abrir o caminho a algo mais. Faltam menos de 4 meses e a campanha vai
ser dura e para algumas pessoas vai doer até porque a dada altura acredito que
se jogará com canelas até ao pescoço. Espero, sinceramente, que Alpiarça saia a
ganhar com esta campanha e que quem tem opção de escolha e escolhe viver nesta
terra, tenha uma vila de qualidade para morar.
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