Por: José Filipe |
Hoje, ao
ler as novidades que me deixaram na caixa do correio, fiquei a saber que “há
oito anos” o concelho onde vivo é um “concelho numa profunda escuridão social e
intelectual”…
E quem
vem aí com a "luz" para nos libertar desta “profunda escuridão social
e intelectual”? É um movimento contra o “clientelismo”, “acima de qualquer
interesse partidário”, mobilizador dos que não se reveem “nas dinâmicas
partidárias”... e “com o apoio dos partidos PSD, CDS e MTP” (!!!)
Precisamente partidos que, muito recentemente no poder, basearam a sua
política de austeridade para salvação das suas clientelas e, em especial, dos
banqueiros, na redução sistemática dos apoios sociais e dos rendimentos dos
trabalhadores, nos cortes na saúde, educação e cultura e na desregulamentação e
precarização do trabalho, incentivando a emigração de milhares de jovens
formados no país, empurrando para o desemprego e a pobreza muitos milhares de
famílias portuguesas…
Será que,
nestes 8 anos e face a este enquadramento político e social negativo, as
associações e entidades diversas sem fins lucrativos no concelho, no âmbito
desportivo, educativo, recreativo e cultural, de solidariedade social, apoio a
crianças, jovens e idosos, etc. nada fizeram de caráter “social e intelectual”
que mereça o nosso apreço?
Estamos a falar de ideias e não de pessoas. Mas é muito positivo que, na
política, apareçam novas pessoas que querem ser construtivas, mobilizadoras e,
à sua maneira, contribuírem para o desenvolvimento dos concelhos. É ainda mais
importante que se apresentem propostas, fundamentadas e exequíveis, para fazer
mais, corrigir o que está mal ou melhorar o que existe! Mas convém ter a noção
daquilo que se afirma para merecer “mais credibilidade” e não cair em situações
ridículas e de negação do trabalho que muitos desenvolvem, frequentemente de
forma voluntária e gratuita
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