SÓNIA SANFONA Vereadora do Partido Socialista |
PS ACUSA O EXECUTIVO DA CDU
DE NÃO CONSEGUIR DESENVOLVER ALPIARÇA
O PS/Alpiarça publicou um
comunicado onde dá a conhecer a “inoperância” e incapacidade do Executivo da CDU.
Transcrevemos o ‘COMUNICADO
MAIO’18’
“Passados que estão
praticamente oito meses das últimas eleições autárquicas, é o momento de fazer
um primeiro balanço, com os alpiarcenses, do que tem sido a vida no nosso
concelho.
Quem ouviu as promessas da
CDU durante a campanha eleitoral poderia pensar que caso vencessem as eleições,
como aconteceu, entraríamos num período de desenvolvimento, de acerto de
contas, de resolução de velhos e novos problemas, de crescimento e
modernização. Agora é que seria para fazer obra, para limpar a vila, para dar
vida à zona industrial e apoiar os empresários.
Como estávamos à espera,
nada mais errado. Aquilo que a CDU ofereceu a Alpiarça durante estes primeiros
oitos meses do seu terceiro mandato, não podias estar mais longe daquela
realidade prometida.
ALPIARÇA ESTÁ NUM ESTADO DE ABANDONO
A nossa terra, que já estava
num estado de abandono e de falta de estratégia para o seu futuro, agravou
substancialmente esta situação à conta de um executivo sem ideias, sem
capacidade de fazer o que é preciso fazer, incapaz de defender os interesses de
Alpiarça e que, pelo contrário, actua no sentido de afastar as pessoas, as
empresas e o investimento, permitindo, e tantas vezes agindo ele próprio, no
sentido de que continuem a haver condições na nossa terra para captar jovens,
para captar empresas e criar emprego, para promover o concelho e afirmar a sua
identidade a nível regional, nacional e mesmo internacional.
O
NÚMERO DE PESSOAS QUE RESIDEM EM ALPIARÇA TEM VINDO SUCESSIVAMENTE A DECRESCER.
Não só os filhos da terra
saem para outros locais, para trabalhar e para viver, como cada vez menos
outras pessoas escolhem Alpiarça para fazer dela o centro da sua vida
profissional ou familiar. É compreensível.
NÃO
TÊM EMPREGO NEM PERSPETIVAS DE FUTURO PROFISSIONAL:
Cada vez têm menos serviços
e comércio, com o encerramento de variados estabelecimentos;
Os serviços públicos
tradicionais, que são fundamentais ao exercício de uma actividade económica ou
da nossa vida social vão sucessivamente abandonando o concelho. É o caso dos
CTT e os anunciados casos da CGD, do balcão da Segurança Social ou da
Repartição de Finanças.
As actividades económicas
são cada vez menos e têm casa vez menos impacto na nossa comunidade.
Salvo o caso da agricultura,
e, neste caso, com as dificuldades, conhecidas, as actividades comerciais e
industriais estão reduzidas quase a zero, o que significa menos emprego
qualificado, menos desenvolvimento, menos movimentação financeira e,
consequentemente, menos arrecadação de receitas para o município.
VIVER
EM ALPIARÇA É MAIS CARO DO QUE PRATICAMENTE EM TODO O RESTANTE DISTRITO DE
SANTARÉM JÁ QUE, CIDADES INCLUÍDAS, QUASE TODOS PAGAM MENOS IMI DO QUE OS
PROPRIETÁRIOS DE MÓVEIS NA NOSSA TERRA.
É por isso também que em
cada rua de Alpiarça há várias casas à venda e imoveis em estado de degradação
avançada, muitos abandonados que enchem a imagem do concelho de ruínas e
desleixo.
A
IMAGEM DO CONCELHO É DE ABANDONO E DESLEIXO
(*) |
Essa imagem é completamente
incompatível com a apregoada promoção turística de Alpiarça. Não podemos
esperar que as pessoas nos venham visitar quando a imagem que têm do concelho é
de abandono e desleixo. Não podemos esperar que venham fazer compras se não
temos lojas e outros estabelecimentos. Todas as estruturas que podem suportar o
desenvolvimento turístico do concelho estão iguais ou piores do que estavam no início
do primeiro mandato da CDU, quase há nove anos atrás.
A barragem está poluída e
sem qualquer aproveitamento economicamente rentável, o parque de campismo
continua à espera de investimento e promoção, o Paúl da Gouxa continua
abandonado e aos poucos a ser transformado em lixeira, o Patacão ainda tem
vestígios da cultura avieira mas até quando, perguntamos nós.
Contratam-se empresas para
fazer estudos e projectos de desenvolvimento turístico mas o estado de abandono
e desleixo relativamente ao património de todos nos é uma realidade e isso não
atrai visitantes, afasta-os.
(*) |
Não basta transformar um
jardim tradicional numa praça de traça citadina para abrir visitantes ou para
proporcionar novos espaços de convívio se não existirem pessoas ou outros motivos
de interesse. Não basta construir uns sanitários no jardim da Gouxaria à espera
que ali se possam fazer piqueniques e ponto de paragem, se depois estão sempre
fechados.
Não basta fazer projetos de
remodelação do Mercado Municipal atribuindo-lhes valores pelos quais nenhuma
empresa os quer fazer e não tendo uma única ideia quanto à forma de dinamizar e
dar vida aquele espaço.
O
MUNICÍPIO DE ALPIARÇA CONTINUA ENTRE OS 50 MUNICÍPIOS ENDIVIDADOS COM POSSÍVEL
NECESSIDADE DE RECURSO A AJUDA FINANCEIRA.
Não é honesto continuar ao
longo destes últimos nove anos a atribuir culpas da sua inércia e incapacidade,
ao legado do anterior executivo, quando foi precisamente a ação daquele que
permitiu que Alpiarça vivesse o seu maior período de expansão e desenvolvimento,
com um investimento de cerca de 50 Milhões de Euros, que ajudaram a captar para
Alpiarça investimento estrangeiro de muita qualidade que, com a instalação na
zona industrial das empresas Renoldy, Monliz e Texas, criou centenas de postos
de trabalho. O pretexto é sempre o mesmo, de que era preciso pôr as contas em
dia, mas, ao fim deste tempo, o município de Alpiarça continua entre os 50 municípios
endividados com possível necessidade de recurso a ajuda financeira. Tendo
estado, como todos sabemos, sujeito a um plano de saneamento financeiro que, afinal,
com esta governação autárquica, não veio equilibrar as contas como se apregoou.
Prevê-se que 2019 possa ser o ano em que se atinge o objectivo de cumprimento
do ratio de endividamento, mas a que preço, perguntamos nós? Já que para o
conseguir este executivo, não só aumentou a divida de curto prazo (a
fornecedores) de forma dramática, contraindo empréstimos anuais cada vez
maiores para pagar os anteriores, como pôs em causa as suas principais funções
junto dos alpiarcenses, comprometendo os serviços de higiene e limpeza urbanos,
de manutenção de estradas e demais património e baixando os níveis de
investimento de forma geral.
Alpiarcenses, este balanço
que agora fazemos é profundamente negativo e, mais cedo do que tarde tornará
qualquer recuperação difícil.
O
PS E OS SEUS ELEITOS TÊM QUESTIONADO ESTAS E OUTRAS SITUAÇÕES, TÊM DENUNCIADO,
NOS ÓRGÃOS PRÓPRIOS, ESTE ESTADO DE COISAS E TÊM DADO VOZ ÀS PREOCUPAÇÕES DE
TODOS QUANTOS NÃO SE REVEEM NA DESTRUIÇÃO DO NOSSO CONCELHO.
PORQUE
ALPIARÇA MERECE MAIS!”
(*) Foto de Arquivo
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