Por: Rodolfo Colhe
Calor
Se há mês do ano que recolhe
preferência de uma enorme franja da população é sem dúvida o mês de agosto, calor, sol e
praia (seja ela marítima ou fluvial, felizmente não é só professor Marcelo que
vai a banhos no rio, já anseio pelos meus).
Infelizmente, nem tudo são rosas neste mês, o fogo
que deflagrou em Monchique e que foi combatido valentemente por corporações de
bombeiros de todo o país, deixou qualquer português triste. Felizmente ao nível
das perdas humanas e
materiais os planos de ação funcionaram
bem tendo sido bastante pronta a evacuação das populações, uma palavra para o trabalho da segurança
social que muito cedo chegou ao terreno dando apoio psicossocial a todos os que
necessitavam. Esperemos que este seja o único grande incêndio do ano e que as medidas do
governo que até agora se têm
mostrado eficazes continuem a ser. A maior força do mundo para todas as
populações afetadas.
Os dias de muito calor que se
fizeram sentir no fim de semana passado tiveram outros efeitos nefastos ainda
que de gravidade bastante inferior ao grande fogo de Monchique, sendo que é na
mesma de lamentar as perdas na agricultura com especial ênfase para a vinha onde a perda é
relativamente grande num ano que
já vinha por si a ser difícil devido ao míldio. Espero sinceramente que
as perdas não coloquem
em causa a estabilidade dos produtores e quem sabe a qualidade venha a
compensar a quantidade. Ficou mais uma vez provado que o mal que fazemos ao
nosso planeta depois abate-se
sobre nós, com a
exceção do presidente dos USA,
DonaldTrump. Existirá
mais alguém que duvide das alterações climáticas?
Estamos na silly season e como
vem sendo habitual há muito ruído
à volta de pouco ou até de nada, no entanto há uma temática que merece especial
atenção, que é o novo partido
que Pedro Santana Lopes está
a preparar e que está a
assustar a direita e a deixa-la com alguma dificuldade em posicionar-se. Para
começar o debate sobre esse tema há que relembrar que Santana Lopes teve mais
de 45% dos votos nas eleições para secretário-geral do PSD em janeiro passado, não foi há 10 anos nem foram 10% dos
votos, das duas uma ou Santana Lopes é de facto consensual no PSD ou então no
PSD qualquer um pode vencer ou estar perto disso consoante o momento. No PSD
ninguém quer falar profundamente sobre o caso, os que estão tentados a seguir
Santana Lopes não querem ser os primeiros a avançar e os que estão contra medem
as suas palavras com medo que isso possa precipitar outras a deixar o partido
bem como com medo do que será a reação da opinião pública. No caso CDS o problema é
diferente pois a conjuntura interna não é favorável, muitas vozes se levantam em sentidos
muito contrários e as dúvidas
são muitas, no entanto são as europeias e a possibilidade
de ter que vincar o seu discurso em dúvida à Europa que preocupam a Assunção Cristas e a sua equipa. Pessoalmente, guardo algumas dúvidas de que este partido
possa vir com força suficiente para fazer mossa, no entanto com os apoios
certos e tendo em conta toda a situação política a nível europeu e mundial já
não digo nada.
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