Por: Rodolfo Colhe Presidente da Juventude Socialista de Alpiarça
A importância vital da solidariedade
Confesso e é público que tenho
enormes reticências em relação à comunicação social e à forma como se
apresentam como um órgão de soberania do estado com direito a legislar e a
punir sem nenhuma consciência social da forma como apresentam determinadas notícias.
Nos últimos dias o caso
“Raríssimas” tem feito correr muita tinta e estalar muita tecla e ecrãs, muito
se tem dito e muitas vezes de pouca importância. O caso em si é triste e
confirmando-se a apropriação de dinheiro e gestão danosa da instituição espero
que os responsáveis paguem e que paguem bem caro sejam quem forem. Geralmente,
sempre que uma associação ou instituição se confunde facilmente com a pessoa
que dá a cara por ela, isso pode levar a que a linha que separa o que é da
associação/instituição e o que é da pessoa a ser muito ténue. Todos conhecemos,
casos crónicos de gestão duvidosa, mas há outra questão que é mais importante
ainda do que todos os erros, que é o trabalho em prol de quem precisa e é neste
ponto e a não salvaguarda do mesmo que considero inaceitável. Nada do que de
criminoso é feito deve ser esquecido, mas há que salvaguardar que o trabalho
das IPSS é de uma importância vital para a nossa sociedade, a grande maioria
dos concelhos, para não dizer a totalidade, iria colapsar se as IPSS dos seus
concelhos se extinguissem. Imaginem Alpiarça sem a Fundação José Relvas e sem a
ARPICA? Como seria a vida dos nossos idosos e crianças? Existem milhares de
IPSS no nosso país que dão apoio a milhares de pessoas, mas o possível erro de
uma pessoa não deve levar à descredibilização de todos os agentes.
Enquanto povo e falando de um
modo geral, o povo português é bastante solidário e tem uma enorme capacidade
para se unir por uma causa maior, essa capacidade tem sido sempre superior a
notícias muitas vezes falsas sobre atos de solidariedade, muitas vezes com o
objetivo de descredibilizar os atores políticos e de os fazer cair.
Quem se envolve em qualquer
actividade política sabe que a partir desse momento poderá estar sujeito a
determinado tipo de ações menos positivas por parte de outros, mas não se pode
fazer política com tudo e muito menos se pode fazer com as necessidades dos
outros. Já para não falarmos que os meios de comunicação não deveriam ser
agentes políticos, mas isso é outra conversa. Que todos ajudemos na fiscalização, mas que cada um contribua com o que pode para
ajudar quem mais precisa.
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