segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: A importância vital da solidariedade

Por:
Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista
de
Alpiarça


A importância vital da solidariedade

Confesso e é público que tenho enormes reticências em relação à comunicação social e à forma como se apresentam como um órgão de soberania do estado com direito a legislar e a punir sem nenhuma consciência social da forma como apresentam determinadas notícias.
Nos últimos dias o caso “Raríssimas” tem feito correr muita tinta e estalar muita tecla e ecrãs, muito se tem dito e muitas vezes de pouca importância. O caso em si é triste e confirmando-se a apropriação de dinheiro e gestão danosa da instituição espero que os responsáveis paguem e que paguem bem caro sejam quem forem. Geralmente, sempre que uma associação ou instituição se confunde facilmente com a pessoa que dá a cara por ela, isso pode levar a que a linha que separa o que é da associação/instituição e o que é da pessoa a ser muito ténue. Todos conhecemos, casos crónicos de gestão duvidosa, mas há outra questão que é mais importante ainda do que todos os erros, que é o trabalho em prol de quem precisa e é neste ponto e a não salvaguarda do mesmo que considero inaceitável. Nada do que de criminoso é feito deve ser esquecido, mas há que salvaguardar que o trabalho das IPSS é de uma importância vital para a nossa sociedade, a grande maioria dos concelhos, para não dizer a totalidade, iria colapsar se as IPSS dos seus concelhos se extinguissem. Imaginem Alpiarça sem a Fundação José Relvas e sem a ARPICA? Como seria a vida dos nossos idosos e crianças? Existem milhares de IPSS no nosso país que dão apoio a milhares de pessoas, mas o possível erro de uma pessoa não deve levar à descredibilização de todos os agentes.
Enquanto povo e falando de um modo geral, o povo português é bastante solidário e tem uma enorme capacidade para se unir por uma causa maior, essa capacidade tem sido sempre superior a notícias muitas vezes falsas sobre atos de solidariedade, muitas vezes com o objetivo de descredibilizar os atores políticos e de os fazer cair.
Quem se envolve em qualquer actividade política sabe que a partir desse momento poderá estar sujeito a determinado tipo de ações menos positivas por parte de outros, mas não se pode fazer política com tudo e muito menos se pode fazer com as necessidades dos outros. Já para não falarmos que os meios de comunicação não deveriam ser agentes políticos, mas isso é outra conversa. Que todos ajudemos na fiscalização, mas que cada um contribua com o que pode para ajudar quem mais precisa.



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