Por: Rodolfo Colhe Presidente da Juventude Socialista de Alpiarça |
Ter opinião
Um dos muitos riscos de emitir
muitas vezes opinião é poder errar, até porque quem nunca diz nada, nunca erra,
nem belisca a opinião de ninguém. Isto não é uma crítica a ninguém e se
quiserem considerar uma crítica, considerem uma crítica à sociedade em si. Quantas
vezes ouvimos, por exemplo, a opinião de autarcas ou candidatos a autarcas
sobre causas fraturantes como as causas LGBTI, ou a eutanásia, a legalização
das drogas leves ou a regulamentação da prostituição? A verdade é que dar a
nossa opinião, às vezes, é uma chatice para quem tem actividade política e
muito mais para quem vai a votos, claro que quanto mais se sobe em grandeza
populacional do cargo a que se candidata, mais os média apertam o cerco e
obrigam a que os candidatos falem sobre tudo. Também quando poucos ou nenhuns
feedbacks ouvimos da parte de autarcas e candidatos à descentralização de
competências para as autarquias, é natural que não os vejamos mostrar o seu
verdadeiro eu sobre outras temáticas que ajudariam a perceber a sua abertura
perante a sociedade. Outro dos problemas de dar regularmente opinião é ficar
sem ter sobre o que falar ou pelo menos não ter nada de novo para dizer e, claro
que após se falar uma ou duas vezes sobre um tema ele não fica resolvido, mas
corremos o risco de ser apelidados de fala-baratos ou mesmo de o ser. Quem lê
ou ouve aquilo que dizemos ou escrevemos é que avalia. Salvo erro no meu
primeiro artigo falei sobre a estrada que passa junto a Quinta da Lagoalva que,
era e continuará a ser (infelizmente é aquilo que penso), miserável e sem
condições de circulação nesta época em que é tão necessária, no entanto não tem
sentido falar sempre disso. Neste momento chega a ser difícil dizer alguma
coisa sobre Alpiarça e não porque esteja tudo bem, mais porque está quase tudo
igual, nada acontece nem nada se vê. Parece até que já estamos habituados a que
os contentores estejam cheios, que as ruas tenham ervas e buracos (e não, a
culpa não é dos funcionários) e por aí fora. O hábito é tal que se uma senhora
que passava não comentasse, eu nem me lembrava que no meio daquele mato existia
um jardim na Rua Beco do Hospital e é muito perigoso quando o fazer mal se
torna o normal.
Dia da Mãe
Numa altura em que muito nos
preocupa a natalidade, a educação e muitas vezes a falta dela em que vemos
tantas famílias destruturadas (não confundir com famílias onde há divórcio
porque essas, por vezes, tem óptima estrutura), e a viver
a crise social de uma forma que não desejo a ninguém, há que aproveitar para
louvar todas as mães especialmente as mães com M grande. O que deve fazer o dia
não é a prenda apesar de nenhum filho se dever esquecer de comprar uma prenda ou
de roubar uma flor do quintal de um vizinho como eu e muitos fizemos no
passado, mas não será isso o essencial. Este é mais um dia para felicitar uma
das partes da família. Sem família, amigos e afetos somos menos que os outros
animais.
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