No ano passado, cerca
de dois milhões recebiam entre 310 e 900 euros. O salário médio é de 828 euros
A grande fatia dos
trabalhadores portugueses recebe entre 310 e 900 euros.
Eram pouco mais de
dois milhões no final do ano passado, de acordo com as Estatísticas do Emprego
do INE.
Os números divulgados
esta quarta-feira mostram que um terço dos trabalhadores portugueses recebe
entre 310 euros e 600 euros. Outro terço recebe entre 600 euros e 900 euros.
A restante fatia é justificada pelos que
recebem abaixo do limiar da pobreza e dos que recebem mais de 900 euros.
Os números são, no
entanto, preocupantes.
Há mais portugueses a receberem menos de 310
euros de remuneração mensal do que os que recebem entre entre 1800 e 2500
euros.
Abaixo do limiar da
pobreza, na faixa inferior a 310 euros por mês, estão 149,4 mil portugueses.
Os números mostram,
em regra, que estas pessoas têm empregos de curta duração e fracamente
remunerados – os chamados trabalhos precários.
Muitas destas pessoas até estão disponíveis
para trabalhar mais horas, mas não conseguem.
Procuram, muitas
vezes, vínculos mais duradouros, mas uma larga fatia não vai além dos recibos
verdes – esta discriminação não é detalhada pelo INE.
As estatísticas
divulgadas esta quarta-feira mostram , todavia, que a maior parte destes
trabalhadores é do Norte do País, que concentra 38% destas pessoas.
Os serviços são o
setor mais responsável pelos salários abaixo dos 310 euros, concentrando 90% do
universo de trabalhadores que diz receber esta remuneração mensal.
Na faixa entre os
1800 e 2500 euros estão menos pessoas: são apenas 108,2 mil, diz o INE, estando
a larga maioria concentrados na zona metropolitana de Lisboa, e no Norte do
País.
Num país onde o salário médio não vai além dos
828 euros por mês, os que recebem 2500 ou mais são poucos – 53,2 mil
portugueses.
Contas feitas, 4% dos
trabalhadores portugueses recebe menos de 310 euros; 4,3% recebe mais de 1800,
passando pelos 2500 ou mais de 3000 euros mensais.
«DV»
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