“… Não comento
o trabalho, em concreto, desenvolvido pelo Sr. Vereador Pedro Gaspar…” afirma
João Céu o novo presidente do PS de Alpiarça
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«João Céu» |
João Céu (foto) é o novo presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) do PS de Alpiarça, estrutura que elegeu novos corpos sociais durante o passado mês de Junho.
“Noticias
de Alpiarça” convidou João Céu a dar-nos a sua primeira entrevista:
Gentilmente cedeu-nos um pouco do seu tempo para dar a conhecer aos
alpiarcenses o que pensa sobre a política actual e do que pretende fazer.
São suas as palavras que se seguem
NA - Após ter sido eleito presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) do PS de Alpiarça, quais os objectivos e projetos que
pretende levar a efeito?
JC - O mote da
candidatura que elegeu a Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de
Alpiarça é elucidativo: “Trabalhar - Trabalhar por Alpiarça e pelo Partido
Socialista”.
Para tal iremos reposicionar o PS como garante da
ambição que Alpiarça deve recuperar.
NA - Como analisa o trabalho que tem vindo a ser
feito pelo vereador do PS, Pedro Gaspar?
JC
- Não
comento o trabalho, em concreto, desenvolvido pelo Sr. Vereador Pedro Gaspar.
Entendo, no entanto, que o PS (repare que falo no colectivo) tem estado muito
aquém do que são as suas responsabilidades.
NA - E como analisa o trabalho que tem vindo a ser
desenvolvido pelo executivo da CDU?
JC
- Que
trabalho?
A incapacidade de executar, sequer apresentar um
projeto?
A incapacidade de gerir património e obras deixadas
por anteriores executivos?
Após 7 longos e sombrios anos, Alpiarça voltou a ser
um concelho deprimido, desertificado e sem estratégia. Classificar tal
“desastre” como resultado de trabalho, seria ofensivo para a definição de
trabalho.
NA – O “TPA” um incómodo ou a possibilidade para um
acordo de uma futura coligação?
JC - Seja de forma isolada
ou agrupada, quaisquer pessoas dispostas a trabalhar em prol de Alpiarça e dos
Alpiarcenses, nunca podem ser vistas como um incómodo.
O movimento TPA tem feito o seu percurso, com posições
firmes de oposição. Em democracia o princípio deve ser o do respeito
democrático e o TPA merece-nos tal atitude. Falar do futuro é prematuro neste
momento.
NA - Em termos de projectos o que pensa o
PS/Alpiarça fazer ou apresentar para mudar Alpiarça?
JC - Alpiarça tem que
recuperar a esperança. Para tal é necessário uma estratégia que deverá ser
discutida de forma ampla e participada mas que, num determinado momento terá
que ser assumida. O pior que pode acontecer ao Poder Local, é o que está a
acontecer em Alpiarça: navegar ao sabor da corrente, sem sentido de orientação
e sem questionar se a corrente vai no caminho certo. É o estar por estar – mas
essa é uma atitude de conformismo, contrária ao que deve ser a ação política.
O PS em Alpiarça, encontra-se na oposição, exercendo o
mandato de forma construtiva, como sempre, mantendo a esperança que o executivo
altere a forma egocêntrica de agir. Tal é uma novidade em Alpiarça, no passado,
não obstante divergências políticas, sempre se respeitou a oposição, suas ideias
e contributos. Hoje, ao invés, tudo é politizado, por muito bom que seja um
contributo, se vier da oposição, nem à gaveta chega, automaticamente é
ignorado.
NA – E quanto às obras feitas e deixadas pelo
executivo do PS, da responsabilidade de seu pai, Rosa do Céu (trilhos
do Complexo Turístico dos Patudos, Percurso Pedonal e velocipédico da Vala de
Alpiarça, a navegação na Vala, etc…) que se encontram abandonadas o que
pensa fazer o PS/Alpiarça agora presidido por si?
JC - Antes de mais,
permita-me um parênteses, as obras não foram da responsabilidade do Presidente
da Câmara, mas sim de um conjunto de pessoas que integravam os vários órgãos
autárquicos.
As “obras abandonadas”, pessoalmente é das realidades
que mais me custam, a incapacidade de manter, gerir a obra que se recebe é
flagrante, como a própria pergunta o denota.
As que refere são realidades municipais. Mesmo que não
se gostem, fazem parte do nosso património colectivo e como tal deveriam ser
respeitadas e colocadas ao serviço de uma estratégia de desenvolvimento.
NA – Na sua opinião, quais as obras e/ou acções
mais urgentes em Alpiarça?
JC - O mais urgente é
recuperar a ambição, sem esta nada se realiza ou concretiza. Para carpir, temos
as carpideiras. Alpiarça assemelha-se a um veículo desgovernado, com os
motoristas, lamentando-se por não saberem conduzir, tentam sossegar os
passageiros, dizendo que estão a fazer o seu melhor, que a culpa do desgoverno
é do carro, ou dos buracos, mas os passageiros que descansem, eles estão a
fazer o seu melhor...
Projetos ou linhas de ação, após o marasmo perpetuado
dos últimos anos, TUDO é urgente, economia, ação social, educação, ambiente,
infraestruturas, segurança, qualificação pública e privada, etc, etc, etc,.
Alpiarça, os Alpiarcenses necessitam de voltar a
acreditar que merecem mais e melhor.
NA – Nas eleições autarquias de 2017 vai ser
o candidato a presidente da Câmara pelo PS ou…
JC - Na altura própria
e somente aí, o PS definirá a sua posição para as eleições autárquicas do
próximo ano.
NA – Uma mensagem para os alpiarcenses.
JC - A mensagem que
gostaria de deixar é de esperança.
Dizer aos Alpiarcenses que este Concelho se orgulha da
sua história, não se conforma com a estagnação e abandono, e que acredita que
há sempre futuro, para quem não desiste de por ele lutar.
«Entrevista feita por António Centeio»
«Entrevista feita por António Centeio»
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