O SONHO DA CONCRETIZAÇÃO DO PLANO DE VALORIZAÇÃO TURÍSTICA DE ALPIARÇA
Estive quase três horas a ver e ouvir a apresentação do “Plano
de Valorização Turística de Alpiarça” que a Câmara levou a efeito hoje no Auditório da Biblioteca
Municipal de Alpiarça.
Gostei do vi e ouvi.
Mas…
Um plano que visa a valorização do património cultural e turismo do
concelho que deverá ser feito em articulação
com outros concelhos da Lezíria do Tejo já que nos falta meios para que
possamos ter a nossa identidade própria.
Seja como for se o plano fosse por diante muito mudaria em
Alpiarça e digo se o “plano fosse por diante” porque não acredito que
alguma vez se concretize na forma em como foi apresentado e muito menos nos “dozes
anos de validade” do dito.
Como disse a minha colega de bancada: “Deus queira que se realize”.
Só que Deus não vai querer porque será aos homens do burgo que competirá
a concretização do plano.
E onde estão os homens ou a comunidade alpiarcense para que participe
nas ideias apresentadas?
Sem esta comunidade,
Sem empresários,
Sem homens com ideias,
Sem estruturas de apoio,
Sem comércio,
Sem alojamentos,
Sem gastronomia local,
Sem investidores,
Sem nada…de nada… e com a população a diminuir…
Às vezes quando anúncio que “Alpiarça é a terra mais linda do mundo”
ou convido os meus leitores a virem até à vila saborear o melhor que tem,
mostrando o que era “tradição” pergunto a mim mesmo:
“Onde estão estes mimos;
Onde estão estes pratos e esta doçaria tipicamente alpiarcense?”
Em lado nenhum!
Mas ao mesmo tempo sinto-me feliz comigo próprio porque dou a conhecer
aos quatro cantos do mundo que a minha terra é a melhor do mundo.
Resta-nos e, em face do apresentado, encostar-nos aos concelhos vizinhos
virados para o Sul e vivermos à sombra dos mesmos.
Até na apresentação do “Plano de Valorização Turística de Alpiarça” a
comunidade ligada ao turismo e restauração esteve praticamente ausente.
Contavam-se pelos dedos de uma mão os que lá estavam.
Seja como for está de parabéns a autarquia pelo plano que “encomendou” e
que nos apresentou.
Não estou a ser pessimista mas realista porque conheço - como conheço as
palmas das minhas mãos - a minha terra e
a gente que dela toma conta e porque sei
que este plano não passará de uma ideia que me fez sonhar durante todo o tempo
que lá estive.
Como disse a minha colega de bancada: “ Queira Deus que se realize…”
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