A agressão brutal que deixou um homem de 46 anos com graves lesões
neurológicas, junto ao quartel dos bombeiros de Alpiarça, vai começar a ser
julgada no Tribunal de Santarém.
No banco dos
réus, vai sentar-se um jovem de 22 anos, acusado pelo Ministério Público (MP)
de um crime de ofensa à integridade física qualificada cometido sobre José
Escada Dias, que esteve 28 dias em coma e ficou com danos cognitivos
permanentes, vivendo hoje completamente dependente da família.
Recorde-se que
o caso, ocorrido a 1 de agosto de 2015, começou por ser classificado como uma
queda acidental que a vítima teria sofrido nas escadas de acesso ao Bar da
Música, no primeiro andar do quartel dos Bombeiros Municipais de Alpiarça, onde
esteve a assistir a um jogo de futebol.
Foi a GNR de
Alpiarça quem começou a investigar a possibilidade de se ter tratado de uma
agressão, tendo o caso transitado depois para a Polícia Judiciária (PJ).
Segundo o
despacho de acusação, a que a Rede Regional teve acesso, o arguido dirigiu-se à
vítima naquela noite, provocando uma discussão fútil entre ambos.
De seguida, o
agressor desferiu um murro na cara de José Escada Dias, que o derrubou ao chão,
e deu-lhe depois dois fortes pontapés na cabeça, deixando-o às portas da morte.
A vítima passou
por duas intervenções cirúrgicas no crânio enquanto esteve internado no
Hospital de São José, em Lisboa, mas recorda-se de muito pouco ou quase nada
deste episódio que marcou a sua vida.
A companheira
de José Escada Dias deduziu também um pedido de indemnização cível de 215 mil
euros, por danos morais e por danos patrimoniais.
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